Gestão é um problema para o mercado de locadoras

Leo, diretor da Sisloc, faz visitas semanais a locadoras de máquinas em diferentes regiões brasileiras. Ele constata que, embora o crescimento substancial do aluguel de equipamentos seja uma realidade, muitas empresas enfrentam problemas de gestão

A economia brasileira tem sinalizado boa perspectiva para a construção civil. Segundo dados atualizados no mês de setembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o PIB tem previsão de crescimento de 3,3% para este ano, o IPCA deve ficar próximo de 4,8%, fatores que somados à tendência de redução da taxa de juros pelo Banco Central deixam o empresariado confiante. Nessa atual conjuntura, o setor de locação de equipamentos em todo o Brasil tem apresentado um desempenho exponencial e se revelado como uma tendência que chegou para ficar no cotidiano do brasileiro.

Desde equipamentos manuais e compactos, como furadeiras, serras, marteletes, passando por plataformas de trabalho aéreo, andaimes e grupos geradores, até os mais pesados, como caminhões, guindastes e escavadeiras são altamente procurados nas locadoras por construtoras, mineradoras, empreiteiras, indústrias de diferentes setores e por pessoas que fazem reformas residenciais. Tal fato ocorre porque o aluguel possibilita maior eficiência operacional, redução de custos e flexibilidade nas operações.

Segundo especialistas, hoje as pessoas entendem que a locação atende a necessidades peculiares de cada obra, oferecendo soluções completas, e principalmente que as empresas e órgãos públicos não precisam comprometer capital com financiamento de máquina, mas sim com os projetos de engenharia que executam.

O crescimento substancial da atividade de locação é uma realidade, mas alguns problemas ainda persistem e podem encurtar o bom momento para muitas empresas.

Entre as principais deficiências identificadas por especialistas, estão a falta de preparo de gestores e a necessidade premente de formar profissionais habilitados internamente para trabalhar com locação.

Presença forte de locadoras

De acordo com números obtidos junto à Receita Federal pela Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas), o setor de locação conta com aproximadamente 40.100 empresas no Brasil, que movimentam R$ 28 bilhões em negócios. Em mais de 80%, o setor é formado por micro e pequenas empresas, e microempreendedores individuais (MEI). Quando o mercado está mais comprador, mais empresas surgem, ou seja, tudo está interligado ao sucesso da economia.