Mercado de máquinas para construção deve apresentar resultados positivos, mesmo em ano desafiador
A avaliação completa sobre esse setor está contemplada no Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, que será apresentado durante o Tendências no Mercado da Construção, a ser realizado no dia 28 de novembro
O mercado de equipamentos vem enfrentando um ano desafiador, após um primeiro semestre de estabilidade, menor demanda por máquinas e por serviços e escassez de mão de obra.
Por outro lado, as boas ofertas preparadas pelos fabricantes, com subsídios interessantes para a aquisição de equipamentos, fomentaram um impacto positivo em algumas categorias. A avaliação completa sobre esse setor está contemplada no Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, que será apresentado durante o Tendências no Mercado da Construção, a ser realizado no dia 28 de novembro, a partir das 15h.
“Os miniequipamentos e os rolos compactadores tiveram uma resposta positiva no mercado, assim como as escavadeiras que terão crescimento neste ano ante 2023. Em função do agro, as carregadeiras devem ter uma queda nas vendas em 2024”, afirma Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).
Em sua avaliação, mesmo sendo um ano desafiador, o setor deve alcançar um bom resultado, com aumento na comercialização de unidades em relação a 2023. “Não haverá a pujança de anos anteriores, mas o mercado segue com otimismo moderado. Nossa percepção é que estão sendo realizadas mais obras no final deste ano, o que pode trazer um equilíbrio no que diz respeito à demanda por serviços e por máquinas”, explica Daniel, que será um dos debatedores do Tendências no Mercado da Construção, ao lado de Mario Miranda, coordenador do Estudo de Mercado, que revelará os dados inéditos da nova edição do relatório.
O vice-presidente da Sobratema analisa que a queda na demanda aumenta a pressão nos preços, podendo levar uma redução na margem das empresas. Para os fabricantes, há outros fatores que impactam os negócios como alta do juros, variação do dólar e restrição do crédito, com o aumento do percentual de inadimplência. “A mão de obra continua a ser um gargalo importante do nosso setor, pois a demanda é maior do que a velocidade de formação de profissionais”, pontuou.
Para 2025, segundo Daniel, a expectativa é positiva tanto para a venda de máquinas como para a demanda de equipamentos nas obras, com a realização de novos projetos e retomada de outras obras.
O Tendência no Mercado da Construção terá a palestra sobre macroeconomia e perspectivas para o próximo ano, com o economista Luís Artur Nogueira, que fará uma avaliação do cenário político. Nesse sentido, Daniel comenta que uma preocupação do setor é o equilíbrio das contas fiscais, que tem impacto direto nos investimentos.
O evento terá transmissão pelo hotsite e é destinado a empresários, diretores, gerentes, profissionais e engenheiros de construtoras, mineradoras, pedreiras, locadoras, fabricantes de equipamentos, distribuidoras, demais companhias ligadas à indústria da construção, entidades setoriais e representantes do governo.