Quatro avarias comuns nos pneus de carga
Rodagem com baixa pressão e sobrecarga estão entre as principais causas de avarias
Picotamento na banda de rodagem, danos no talão, desgastes nos ombros e bolhas são algumas das avarias mais comuns resultantes do uso dos pneus de carga.
Responsáveis por uma expressiva parcela dos custos das frotas, os pneus nem sempre recebem a atenção devida e essa falta de cuidado pode reduzir em muito a sua vida útil, interferir negativamente na performance geral do veículo e até mesmo colocar em xeque a segurança do motorista e de todos ao seu redor.
“Recomendamos que os pneus sejam sempre monitorados de perto. Para isso, cada um deve receber um número único para identificação (marcação a fogo) e ter seu histórico registrado. É importante contabilizar os gastos com aquisição, reparações e reformas, além de medir a quilometragem atingida em cada vida para calcular seu CpK (custo por quilômetro)”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental, fabricante de pneus alemã e integrante de um dos maiores grupos sistemistas do mundo.
Quando o veículo retorna ao pátio, afirma Astolfi, é fundamental inspecionar os pneus para evitar danos que possam vir a inutilizá-lo. Confira abaixo como evitar quatro danos que são muito comuns:
– Picotamento na banda de rodagem – normalmente causado pelo excesso de pressão, falha na escolha do desenho ideal da banda e rodagem em estradas não pavimentadas. “A pressão dos pneus deve ser sempre ajustada levando em consideração a carga a ser transportada e o modelo escolhido ser o mais apropriado para a aplicação à qual se destina”, diz;
– Danos no talão – sobrecarga, superaquecimento, mal assentamento dos talões no aro por falta de limpeza, lubrificação incorreta na montagem e baixa pressão são as causas mais comuns dos danos identificados no talão, ponto que mais inviabiliza a reforma dos pneus seguido danos nas cintas metálicas. É importante que o motorista evite rodar com baixa pressão ou sobrecarga nos pneus. Outro ponto de atenção: lubrificantes de baixa qualidade (como vaselinas ou géis) podem atacar a borracha ou não proporcionar um assentamento correto dos talões;
– Desgastes nos ombros da banda de rodagem – são consequência da rodagem com baixa pressão ou com excesso de carga. Por isso, recomenda-se calibrar os pneus seguindo as indicações do fabricante e atentar para profundidade de sulco dos pneus. “Quando os sulcos atingirem a profundidade de 3,0mm, o pneu deve ser enviado para recapagem ou substituído, dependendo das condições de sua carcaça”;
Fonte: M&T