Apesar da Selic, venda de imóveis cresce 10% no primeiro semestre
Montante total das vendas foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho de empreendimentos do segmento de Médio e Alto Padrão
Mesmo com a Selic, a taxa básica de juros, nas “alturas” ao longo de todo o primeiro semestre – o que não só dificulta o acesso ao financiamento como eleva o valor das parcelas – , o número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 9,8% no período quando comparado a 2022. Foram comercializadas 68.965 unidades. Os compradores interessados em imóveis do segmento de Médio e Alto Padrão (MAP), mais uma vez, fizeram a diferença.
Em 2022, como um todo, o segmento de média e alta renda registrou 67,8% das vendas, totalizando 46,9 mil unidades do tipo. Agora, no balanço do primeiro semestre de 2023, as vendas do segmento demonstraram tendência do movimento e avançaram 22,8% sobre igual intervalo do ano passado, segundo dados do indicador Abrainc-Fipe. Foram 20.033 unidades de médio e alto padrão comercializadas de janeiro a junho.
Por outro lado, quem foi às compras no médio e alto padrão teve mais dificuldades em encontrar unidades recém- lançadas. Houve uma redução de 59,4% de lançamentos do tipo no intervalo.
O levantamento é realizado com 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Na avaliação do presidente da Abrainc, Luiz França, os números do primeiro semestre de 2023 refletem as dinâmicas do mercado imobiliário brasileiro, que segue desafiado pela ainda alta taxa Selic, especialmente para os compradores de média renda.
Já as vendas de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) registraram um crescimento de 4,2% nas vendas. “As diversas melhorias implantadas neste ano já refletiram em um aumento no número de lançamentos no segmento, que teve uma alta 17,2% no primeiro semestre. Isso deve implicar em um forte aumento das vendas do segmento nos próximos meses”, destaca, em nota, a entidade.
