Lançamento de imóveis caiu 58% no 1º trimestre de 2021, segundo CBIC

O recuo no número de lançamentos aconteceu em todas as regiões do País. A maior queda foi observada na região Norte, de 72%, seguida pela Sudeste, de 67,9%

Conforme pesquisa realizada pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e pelo Senai Nacional, no primeiro trimestre de 2021, a venda de imóveis residenciais no Brasil cresceu 27,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O maior aumento foi observado no Nordeste, onde as vendas de imóveis subiram 52,2% (3.471 unidades), seguido do Sul, onde cresceram 39,3% (3.750 unidades).

Frente ao quarto trimestre de 2020, as vendas caíram 12,4% e apresentaram resultado negativo em todas as regiões, à exceção da região Sul, onde subiram 8,2% (1.010 unidades).

Em relação aos lançamentos imobiliários, o levantamento apontou que, na comparação com o quarto trimestre do ano passado, houve retração de 58%. Em todas as regiões do País, o número de lançamentos recuou no primeiro trimestre de 2021. A maior queda foi observada na região Norte, de 72%, seguida pelo Sudeste, de 67,9%.

Os lançamentos, por sua vez, cresceram 3,7% face ao primeiro trimestre de 2020. Na análise por regiões, houve redução de 55,6% no número de unidades lançadas no Norte, de 20,7% no Sul (-20,7%) e aumento nas demais regiões, com destaque para o Sudeste (+28,1%).

Já a oferta de imóveis residenciais novos recuou 14,8% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o mercado está comprador, mas o preço dos materiais tem impactado a economia, causado o adiamento de lançamentos e a queda dos contratos de trabalho.

De acordo com a CBIC, o impacto dos aumentos dos materiais é maior em imóveis populares, o que é possível ver nos números do programa. Martins destacou que as empresas estão migrando da construção de imóveis destinados ao CVA para outras faixas de mercado. “As empresas, que estão trabalhando no limite, migram cada vez mais das habitações de interesse social para outros modelos, com mais margem e maleabilidade para recuperar o preço, causando um grande desarranjo em toda a cadeia.”

Fonte: AECWeb