Mercado imobiliário espera ciclo de queda de juros após redução da Selic

Queda de 0,5% na taxa tem sido avaliada com otimismo pelo mercado, uma vez que impacta nos financiamentos de imóveis

O mercado imobiliário viu com bons olhos a redução de 0,5% da taxa Selic anunciada na última semana pelo Banco Central. Para o vice-presidente das Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Alexandre Schubert, o mercado capixaba acredita que este novo ciclo de queda gradativa da taxa Selic, agora fixada em 13,25% pelo Banco Central, vai produzir um impacto positivo a médio e longo prazos.

Segundo ele, isso vai permitir que construtoras e incorporadas ampliem seus lançamentos em diferentes regiões da Grande Vitória e interior do Estado. “A redução da taxa de juros torna o setor ainda mais competitivo e atraente para investidores, permitindo também que mais pessoas conquistem o sonho da casa própria, já que na maioria das vezes o consumidor final conta com financiamento bancário para a compra de imóveis”.

Ele afirma ainda que “há um horizonte de otimismo com relação ao equilíbrio das contas públicas e a retomada de investimentos privados em diferentes nichos econômicos. O mercado imobiliário sempre se beneficia em cenários de expansão do PIB, pois é fortemente demandado pela sociedade para a criação de novos espaços, seja para habitação ou atividade comercial e industrial”, avalia.

Da mesma opinião é a economista do DataZAP Larissa Gonçalves. Segundo a profissional, essa é uma sinalização importante para o mercado, uma vez que a taxa básica de juros impacta no custo de operações de empréstimos, inclusive nos financiamentos imobiliários.

“Mais do que essa primeira queda, é a sinalização de novas reduções pelo próprio Conselho de Política Monetária (Copom) que tem potencial de trazer impactos positivos para o setor, permitindo que mais famílias brasileiras tenham condições financeiras de adquirir um imóvel. A projeção do Boletim Focus, ainda anterior à última decisão do conselho, é chegar a 12% até final deste ano”, analisa.

Fonte: A Gazeta