Mercados imobiliário e da construção civil no ES seguem aquecidos no pós-pandemia
Números do FipeZap e do Sinduscon-ES revelam valorização de imóveis e segmento em franca expansão no mercado de construção na Grande Vitória
O mercado imobiliário na Grande Vitória se destacou nesta primeira semana de outubro com a pesquisa FipeZap que aponta Vila Velha como o município de maior valorização de imóveis no país. Já Vitória figura na segunda posição entre as capitais que apresentaram maior valorização.
Este cenário de retomada reflete os resultados que o Espírito Santo passou no setor de construção civil após o fim das grandes restrições devido à pandemia de coronavírus e reabertura das atividades.
Em 2021, o setor imobiliário do Espírito Santo cresceu 25%, acompanhado o cenário nacional. Na Grande Vitória foram 6.099 novas unidades residenciais no ano passado, contra 4.519 em 2020. Falando de todo o país, em 2021, o setor somou 265.678 unidades lançadas e em 2020 foram 211.062.
Segundo o 39º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), no primeiro semestre deste ano foram concluídas um total de 1.693 unidades imobiliárias que estavam sendo produzidas na Grande Vitória. Por outro lado, as construtoras lançaram um total de 1.677 novas unidades. Uma diferença de apenas 16 unidades.
Isso demonstra um cenário de estabilidade no mercado imobiliário da Grande Vitória, que registra um equilíbrio entre o número de imóveis concluídos e o número de unidades lançadas, segundo Eduardo Borges, diretor de Economia e Estatística do sindicato.
Conforme levantou a pesquisa realizada nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana, estão em produção 14.392 unidades, sendo 14.031 residenciais e 361 comerciais. No levantamento anterior, no segundo semestre de 2021, o total em produção era de 14.134 unidades.
Ao todo são 121 empreendimentos residenciais em produção. Em número de empreendimentos, Vitória e Vila Velha estão empatadas na frente com 51 residenciais. Entretanto, em função dos condomínios serem maiores no município canela-verde, geralmente com mais de uma torre, a diferença do número de unidades em produção entre os dois municípios é grande: Vila Velha: 6.897 e Vitória: 3.040.
Valorização
A pesquisa demonstra que o preço médio da unidade de 1 quarto em oferta no mercado primário parte de R$ 5.210 o metro quadrado. Já as de 2 quartos têm preço médio partindo de R$ 4.445 o metro quadrado. As unidades de 3 quartos têm preço médio a partir de R$ 5.554 o metro quadrado e as de 4 quartos registraram preço médio a partir de R$ 13.256.
A capital, Vitória, é a que registra o valor médio do metro quadrado mais elevado em todas as tipologias.
O 39° Censo Imobiliário foi aplicado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo – Sinduscon-ES, por meio de uma pesquisa direta aos incorporadores que atuam na área de abrangência. O dado foi coletado via Sistema Web – Sphinx.
Sindicato comemora 88 anos de fundação tendo o setor como referência no PIB capixaba
Foi em outubro de 1934 que foi criado o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo. A entidade testemunhava uma capital que começava a se urbanizar e tinha pressa em crescer. O edifício Glória, inaugurado em 1926, era o maior prédio da cidade, com cinco pavimentos.
A partir do avanço da década de 30, o Sinduscon foi testemunhando uma constante transformação da paisagem urbana de Vitória, ao longo de oito décadas. Com a expansão em direção à zona norte e a praia de Camburi a partir da década de 70, a cidade ganha extensão territorial e terreno para a inauguração de inúmeras construções de grande porte.
Atual presidente do Sinduscon-ES, Douglas Vaz comenta que o setor é conhecido como o segmento que é o pilar do desenvolvimento.
“Somos chamados de motor da economia. A indústria que mais emprega. Sabemos o quanto importante é a construção civil na criação de empregos no país. O Sinduscon Espírito Santo chega aos 88 anos reforçando a importância do associativismo para o segmento produtivo da indústria da construção”.
A indústria da construção emprega hoje, no Estado, 56 mil trabalhadores com carteira assinada e cria outros 139 mil empregos indiretos. Vila Velha, que é o maior canteiro de obras do Estado, tem um total de 6.897 unidades em construção atualmente.
“Vamos continuar trabalhando em prol da construção civil no Espírito Santo. Nossas ações buscam destravar processos, incentivar a profissionalização e consolidar cada vez mais nossa interlocução com os poderes constituídos”, afirma o presidente do sindicato.
Dados da Indústria da construção civil capixaba
Empregos: 56 mil empregos diretos e 139 mil indiretos
Massa salarial: R$ 90,7 milhões por mês na economia do Estado
Salário médio mensal do setor foi de R$ 1.919,26 em 2020
Escolaridade: 90% dos trabalhadores da construção capixaba têm, no mínimo, ensino fundamental completo
Unidades em construção: 14.392
Habitação de Interesse Social: no Espírito Santo há um déficit de 116.500 unidades
PIB: Construção participa com 4,5% do PIB estadual
ITBI: Responsável por 1,6% da receita corrente dos municípios do Estado
IPTU: Arrecadação dos municípios foi de R$ 456,8 milhões em 2020
