Preços de imóveis residenciais têm maior alta em 10 anos, diz FipeZAP

Índice FipeZAP subiu 0,76% em julho e acumula alta de 6,53% no ano

Os preços de venda dos imóveis residenciais no Brasil subiram 0,76% em julho com base no Índice FipeZAPFoi a maior variação mensal do índice desde janeiro de 2024, quando houve uma aceleração de 0,77%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 6,53%.

A aceleração do Índice FipeZAP vem mais forte desde janeiro, em um ano que vem rendendo bons frutos para o mercado imobiliário. “Mesmo depois do fim do ciclo de cortes da Selic, a concessão de crédito imobiliário ainda cresce em termos reais com uma taxa média de financiamento praticamente constante no primeiro semestre do ano”, explicou Paula Reis, economista do DataZAP.

Para os próximos meses, no entanto, as condições são mais incertas. A possibilidade de uma nova alta de juros está na mesa do Comitê de Política Monetária (Copom). Em ata divulgada nesta terça-feira, 8, o Copom afirmou que não vai hesitar em aumentar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta.

Além disso, o governo anunciou ontem que vai limitar a 50% a cota de financiamento de imóveis usados na faixa 3 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), nas regiões Sul e Sudeste. No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a quota cairá para 70%.

Onde os preços de venda mais subiram?

O levantamento mostrou alta nos preços em 52 das 56 cidades monitoradas, incluindo 20 das 22 capitais que integram o cálculo. Entre as capitais, o destaque ficou com a cidade de Salvador (BA), onde o índice subiu 2,44%.

A edição deste mês foi a primeira a acompanhar os preços de venda de imóveis residenciais em seis novas capitais: Aracaju (SE), Belém (PA), Cuiabá (MT), Natal (RN), São Luís (MA) e Teresina (PI).

Veja lista das variações entre as capitais:

  • Salvador/BA (+2,44%);
  • São Luís/MA (+1,76%); 
  • Curitiba/PR (+1,43%); 
  • João Pessoa/PB (+1,32%); 
  • Aracaju/SE (+1,18%); 
  • Goiânia/GO (+1,17%); 
  • Fortaleza/CE (+1,15%); 
  • Natal/RN (+1,06%); 
  • Belo Horizonte/MG (+1,03%); 
  • Teresina/PI (+1,03%);
  • Brasília/DF (+0,80%); 
  • Porto Alegre/RS (+0,79%); 
  • Florianópolis/SC (+0,75%); 
  • Cuiabá/MT (+0,74%); 
  • Belém/PA (+0,67%); 
  • São Paulo/SP (+0,60%); 
  • Recife/PE (+0,36%); 
  • Rio de Janeiro/RJ (+0,30%); 
  • Manaus/AM (+0,27%); 
  • Vitória/ES (+0,05%)
  • Campo Grande/MS (-0,63%) 
  • Maceió/AL (-0,05%).
Fonte: Exame