ABRATEC lança guias de controle tecnológico do concreto e de solos
Manuais estão disponíveis para download gratuito no site da entidade e tem a finalidade de orientar especialistas e toda a sociedade leiga a garantir a qualidade das obras, de acordo com as normas técnicas e de projetos
Você sabe como é feito o concreto e que é preciso seguir várias especificações para se obter um produto final com qualidade? Sabe que as empresas de saneamento e telefonia, por exemplo, precisam seguir várias normas para abrir ou consertar suas redes espalhadas pela cidade? A maioria da população desconhece essas informações. Por isso, a ** está lançando dois manuais de procedimentos: a primeira edição do Guia Prático de Controle Tecnológico de Solos e Pavimentos e a quarta edição do Guia Prático de Controle Tecnológico do Concreto, esse último com revisões importantes e novas informações. De acordo com Paula Baillot*, presidente da entidade, os manuais são práticos e fáceis de consultar tanto por especialistas técnicos quanto por consumidores, como síndicos e zeladores de prédios, além de fiscalizadores de obras privadas e públicas, que precisam zelar pela qualidade das construções, e estudantes. Os guias estão disponíveis para download gratuito no site da ABRATEC (www.abratec-lab.org.br).
“A elaboração desses guias tem o objetivo de alcançar, além do meio técnico, toda a sociedade, para divulgar a importância do controle tecnológico da qualidade das obras em todas as esferas, pois é de fácil consulta. Ao seguir as orientações e dicas dos manuais, é possível evitar os problemas causados por um concreto de baixa qualidade, que pode resultar em acidentes graves, como desabamentos; e sérios desníveis de solos e pavimentos por intervenções mal feitas, onde não foram observadas as normas corretas de abertura de valas, reaterros e reconstituição de pavimentos, comuns em obras como as de empresas de água e saneamento que sempre encontramos pela cidade. Por todas essas características, acreditamos que esses guias são únicos no mercado”, diz a executiva.
Baillot observa ainda que o controle tecnológico, além de garantir maior segurança, reduz custos de obras com materiais e acelera a execução dos projetos. Também engenheira civil, a executiva afirma que por já estar na quarta edição o Guia Prático de Controle Tecnológico do Concreto mostra que a finalidade da entidade tem sido alcançada com sucesso e, por isso, a decisão de abordar o controle tecnológico de solos e pavimentos também em um manual.
Concreto
O Guia Prático de Controle Tecnológico do Concreto reúne todas as referências às normalizações atualmente em vigor relativas ao produto e seus constituintes, sobretudo as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. “Com base nas normas, fornece orientações sobre os ensaios necessários para um correto controle tecnológico e obtenção de um excelente produto final, além de reduzir os custos das obras. Assim, é de suma importância para o setor da construção. Essa última versão reúne todas as referências normativas atualizadas”, diz Baillot.
A presidente da ABRATEC explica que essas referências estão relacionadas aos ensaios em concreto e seus constituintes, como cimento, aditivos, adições, água de amassamento, agregados, entre outros itens importantes do processo produtivo; e também ao controle e recebimento do concreto fresco e endurecido, ensaios especiais e de durabilidade. Apenas para citar um exemplo da importância normativa da publicação, a água utilizada para a elaboração do concreto precisa passar por ensaios que analisem a sua procedência e características, como ph, teor de resíduos sólidos, teor de ferro, entre outros que, se não forem adequados, podem causar dano ao produto final.
“Com esse Guia, pretendemos sensibilizar o meio técnico para a necessidade de contratação de serviços de controle tecnológico, que deve ser feito por empresas especializadas em tecnologia, cuja missão é implementar programas de controle para que todas as exigências de projeto normativas sejam cumpridas. O controle tecnológico é uma garantia da qualidade e de desempenho do produto para todos os envolvidos, incluindo o cliente final. Ele traz benefícios como otimização de prazos de execução dos projetos, economia no consumo de materiais componentes do concreto e melhor aproveitamento do espaço útil durante a obra, entre os principais. O Guia pode ainda orientar a elaboração de planos de concretagem”, afirma Baillot, acrescentando que, além da versão digital, os associados da ABRATEC podem solicitar uma versão impressa do Guia à entidade.
Solos e pavimentos
A primeira edição do Guia Prático de Controle Tecnológico de Solos e Pavimentos foi desenvolvida com o objetivo de colaborar para a melhora da qualidade das obras de infraestrutura, afim de que atendam as exigências de projetos, bem como dos órgãos competentes, além de fornecer orientações técnicas aos intervenientes, explica Baillot. “Isso só é possível com controle tecnológico, que faz cumprir as normas e as definições dos projetos”, ela diz. “O manual também fornece as diretrizes necessárias ao controle tecnológico, uma vez que alguns órgãos competentes exigem acompanhamento e controle das obras realizados por empresas especializadas, como também a responsabilidade técnica mediante a emissão de respectivo laudo elaborado por engenheiro civil”, afirma Baillot.
Destinado a projetistas, empresas responsáveis pela execução dos serviços de reaterro e reposição de pavimentos, laboratórios de controle tecnológico e estudantes, é um manual de boas práticas para esses tipos de intervenções em redes de infraestrutura subterrâneas, como saneamento básico, sistemas de distribuição de água, redes de gás, energia e telefonia, entre outras, “que devem atender as especificações de projetos de uma forma harmonizada entre as concessionárias, para obter um ordenamento e melhor aproveitamento do subsolo, diminuição de obras necessárias, redução de danos ao pavimento e do impacto à cidade e à população”.
Além de o controle tecnológico ser fundamental para a qualidade das obras, é uma exigência de vários contratantes, especialmente órgãos públicos, caso da Prefeitura de São Paulo e da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, “para dar apoio ao planejamento, racionalizar os recursos disponíveis e maximizar os benefícios à população, afirma a executiva”. “Ele evita as patologias nos pavimentos, maximiza a qualidade, produtividade, economia, transparência, retorno aos empreendedores e, principalmente, a satisfação da população.” O Guia também está fundamentado nas normas técnicas da ABNT.