As casas container vieram para ficar

Desde o começo deste século, o conceito de “pensar fora da caixa” tem ganhado espaço cada vez mais relevante na sociedade. Como consequência, a cada dia que passa somos bombardeados por notícias relatando inovações nas mais variadas áreas de conhecimento. O universo da arquitetura não poderia ficar fora disso.

Dentro desse contexto, a constante busca por materiais alternativas na hora de construir não para de crescer. E uma das sensações do momento é o uso de containers de transporte marítimo e ferroviário como estrutura de casas e escritórios.

A ideia agrada a diversos públicos. Os ecologicamente conscientes, veem na novidade uma forma de contribuir com a natureza, uma vez que estarão reaproveitando um material com tempo de vida limitado, fadado ao descarte muitas vezes pouco controlado pelas autoridades. Quem deseja economizar também está vibrando com a tendência. Afinal de contas, uma obra com uma estrutura pré-fabricada como os containers tende a ser muito mais barata que aquelas realizadas com base nos sistemas construtivos tradicionais, como a alvenaria.

Adaptação

O mercado já apresenta várias empresas especializadas na comercialização e adaptação dos containers para esse uso alternativo. Os produtos podem até mesmo ser encontrados em market places online, tamanha a popularização.

Mas nem tudo são flores. Diferentemente dos tijolos, o aço que compõe os containers é um excelente condutor térmico. Isso significa que quem está dentro da estrutura fica muito mais exposto às variações climáticas, o que inclui calor e frio extremos.

O aço dos containers também não colabora muito quando o tema em questão são os ruídos. Basta comparar o barulho produzido por uma chuva forte batendo contra um muro de alvenaria e contra chapas de aço para que se tenha noção do tamanho do problema.

É aí que entram os isolantes térmicos e acústicos. “Com o tratamento adequado, eles podem trazer o mesmo conforto de uma casa de alvenaria”, explica Marcelo Dalmaso, da Dalmaso Engenharia. Há anos o engenheiro trabalha na adaptação dos containers para diversas finalidades e descobriu nos isolantes a solução ideal para aumentar o conforto térmico e acústico dos usuários. “Venho usando as lãs de vidro de 100 mm da Isover”, diz, citando a multinacional do Grupo Saint-Gobain.

Esforço conjunto

A empresa da área de isolamento térmico e acústico produz soluções que se encaixam perfeitamente com a proposta sustentável dessas construções, já que seus produtos passam por um rigoroso controle em todo processo de desenvolvimento, desde a extração de materiais até a solução final. A companhia, inclusive, usa matéria-prima reciclável na composição de suas soluções, aumentando o índice de sustentabilidade.

Quem também vem se beneficiando com a versatilidade dos containers e com as soluções da Isover é a engenheira Renata Maringoni. Ela assina o projeto de antessala do Museu de Artes Visuais da Unicamp (Universidade de Campinas-SP), que faz parte da mostra Campinas Decor 2018. Renata usou um container para criar um ambiente que valoriza a interação do público com o trabalho artístico – no espaço, está exposta uma tela do artista brasileiro Alex Flemming.

“Há outros containers na mostra, mas apenas eu realizei isolamento térmico e acústico. As pessoas logo notam a diferença do calor com relação aos demais espaços da Campinas Decor”, conta a engenheira. Ela conta que as lãs de vidro da Isover, combinadas com placas de drywall, trouxeram também excelente performance acústica. “Parte do conceito da antessala é justamente isolar o espaço dos ruídos externos para que as pessoas contemplem melhor a obra exposta”, diz. Os resultados, ela diz, foram excelentes.

Inúmeros benefícios

Marcelo Dalmaso, por sua vez, lembra que o fato dos produtos da Isover serem incombustíveis é uma outra vantagem da solução. “Eu mexo muito com solda para fazer as adaptações nos containers. Saber que o produto não pega fogo me deixa muito mais tranquilo”, diz.

Ele conta que inclui também em seus projetos um trabalho chamado de sombreamento do aço, que consiste no uso de materiais alternativos do lado de fora. “Madeira e outros materiais são posicionados a uma pequena distância da parede, suportados por grades de aço. Essa estrutura contribui com o isolamento”, diz.

Independentemente do processo utilizado, o fato é que o segredo para um bom conforto térmico e acústico está na lã de vidro, que é o material mais isolante e seguro do mercado, e que é o principal item para garantir a eficácia do sistema. E graças a esse esforço conjunto entre desenvolvedores de tecnologia e realizadores, o mercado de construções sustentáveis não para de crescer, beneficiando toda a sociedade. E para saber mais, clique aqui.

Fonte: Obra 24horas