Expectativa de inflação sobe em relação à semana anterior
A alta da inflação é acompanhada por alta da projeção do PIB, aumento do preço do real em relação ao dólar e manutenção da taxa Selic
O mercado financeiro subiu as expectativas de inflação, medidas pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPCA). De acordo com dados do Boletim Focus, a projeção é de 4,93% para 2023.
O IPCA é considerado o índice oficial que mensura a inflação brasileira.
Para 2023, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais (p.p), para cima, ou para baixo. Portanto, a expectativa de inflação ainda permanece acima da meta.
No PIB, a projeção apresentou alta e se encontra a 2,64% para 2023.
A projeção do dólar em relação ao real também subiu em relação à semana anterior. Desta vez, a moeda é cotada a R$ 5,00 para 2023.
Já a projeção da taxa de juros básica da economia, a Selic, manteve-se estável pela quinta semana seguida, a 11,75%. Para 2024, a projeção é de 9,00% e, 2025, 8,50%.
De maneira conjunta, as projeções de IPCA, PIB e Câmbio divulgadas nesta semana indicam um cenário positivo da economia brasileira em 2023.
O IGP-M, principal índice para reajuste de aluguel do país, projeta variação negativa de 3,54%, e representa deflação. Este indicador apresentou uma sequência de dezoito quedas semanais desde o início de abril de 2023.
O IPCA Administrados, que representa serviços e produtos com reajustes definidos por contratos ou regulados pelo setor público, teve sua sexta alta consecutiva. O índice se encontra no patamar de 10,02%.
As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta semana. Segundo o Banco: “as informações são provenientes do Relatório Focus e resumem as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central.”