Indústria de materiais de construção teve otimismo moderado em setembro
Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, divulgado pela Abramat, também mostra que 28% das empresas estão muito preocupadas com a crise hídrica
A indústria de materiais de construção apresentou otimismo moderado em relação aos resultados do setor no último mês de setembro. De acordo com o Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), 40% das empresas associadas à entidade acreditavam que o desempenho seria bom no período e 16% esperavam que os números fossem muito bons. O levantamento apresenta, ainda, a expectativa para este mês de outubro, com 52% das empresas estimando um bom resultado e 36% avaliando que o período será regular.
O estudo trouxe, também, informações sobre a capacidade instalada do setor. Em setembro, houve uma pequena queda em relação a agosto, indo de 78% para 77%. Já sobre as pretensões de investimentos, em setembro, 72% das empresas disseram que pretendiam realizar aportes financeiros nos próximos 12 meses, seja na modernização dos meios de produção ou no aumento da capacidade produtiva. Em agosto, esse número estava em 70%.
Preocupações
No último mês, 28% das empresas associadas à Abramat estavam muito preocupadas com a crise hídrica que atinge o país. Sobre as possíveis consequências da falta de chuva, 36% indicaram o aumento no custo da produção como a situação mais preocupante; 32% disseram estar preocupados com cortes de energia (apagões); e 32% apontaram como preocupação principal o aumento da inflação e a diminuição relativa do poder de compra das famílias.
“Podemos notar que há um otimismo moderado e cauteloso por parte do setor, que vê o segundo semestre com sobriedade em relação ao desempenho das vendas”, afirma Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, ressaltando que chama atenção o fato de que 72% das empresas associadas têm preocupação grande ou muito grande em relação à crise hídrica e potencial escassez de energia. A situação pode representar um aumento no custo da produção motivado pela elevação da tarifa energética, além do risco de interrupções no fornecimento.