Maior parte dos empregos gerados no CE em 2019 está na faixa de 15 a 19 anos de idade
A faixa de idade de 15 a 19 anos foi a responsável, no ano passado, pela abertura de 16,5 mil vagas de emprego formal no Ceará. Esse intervalo foi um dos quatro que tiveram saldos positivos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Além desse intervalo de idade, a faixa que engloba os trabalhadores de 20 a 24 anos gerou 11,4 mil empregos com carteira de trabalho no ano passado. Já o intervalo que compreende os profissionais de 25 a 29 anos foram responsáveis pela abertura de apenas 1,2 mil vagas no período.
As demais faixas etárias apresentaram saldos negativos. De acordo com o Caged, o mais afetado foi o intervalo de 35 a 39 anos, com o fechamento de mais de 2,8 mil empregos formais no Estado.
Para Mardônio Costa, analista de mercado do do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), esse cenário é reflexo da recessão econômica e tem causas associadas ao baixo custo salarial dos mais jovens.
“Como você tem uma força de trabalho com menos experiência, com menos comprometimento da renda familiar, e muitos deles estão buscando a sua primeira colocação no mercado, essa fase de experimentação, de uma maneira geral, os jovens tendem a se sujeitar a um maior nível de aceitação de salários mais baixos”, explica.
Segundo ele, neste momento de crise econômica, as empresas buscam diminui o custo com a folha de pagamento. “As empresas estão com baixo nível de consumo e isso é uma forma de redução de custo para maximizar seus lucros e deixar para fazer uma contratação mais efetiva a partir deste ano”.
Em 2019, o Ceará teve saldo positivo de emprego de mais de 10,3 mil vagas. O analista do IDT ainda diz que os setores do comércio e serviços absorvem mais a mão de obra mais jovem.
“Isso porque a construção civil e a indústria da transformação exigem uma mão de obra mais qualificada e com um perfil de trabalhador com mais idade. Essa constatação de pessoas mais novas vem ocorrendo nos últimos cinco anos”.
Fonte: diariodonordeste