Preços na Capital aumentam 0,37%

No primeiro semestre deste ano, Fortaleza apresentou o maior aumento no preço de imóveis residenciais entre as nove capitais analisadas pelo Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R). No período, a alta dos preços na Capital foi de 0,37%, enquanto na média nacional os preços registraram queda de 0,57%, nos primeiros seis meses do ano.

No acumulado de 12 meses, o índice de preços apresentou quedas de 0,9% em Fortaleza e de 1,59% no País. Na variação mensal, os preços na Capital tiveram queda de 0,15%, superior à média brasileira, que sofreu retração de 0,09%, na comparação com maio. No primeiro semestre de 2016, Fortaleza também havia registrado a maior alta entre as capitais analisadas, com avanço de 2,02% dos preços.

No Brasil, a queda foi mais branda do que a registrada em maio, quando a retração atingiu 0,26% na comparação com abril. Os dados são de pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O levantamento apura os dados em nove capitais, a partir do laudo feito pelos bancos para os imóveis que foram comercializados mediante liberação de financiamento.

Junho

Em junho, a queda nos preços foi vista em oito das nove capitais que fazem parte da pesquisa. Entre os recuos aparecem, além de Fortaleza, São Paulo (-0,01%), Salvador (-0,02%), Curitiba (-0,07%), Belo Horizonte (-0,08%), Goiânia (-0,27%), Rio de Janeiro (-0,28%) e Recife (-0,50%). A exceção foi Porto Alegre, onde os preços de imóveis tiveram alta de 0,10%.

No acumulado do primeiro semestre, os preços mostraram queda de 0,57%. Já nos últimos 12 meses encerrados em maio, houve retração de 1,59%.

Recuperação lenta

Em nota, a Abecip avalia que a recuperação dos preços dos imóveis residenciais no Brasil continua de forma lenta, ainda sob a forma de desaceleração do ritmo de queda nos preços nominais. A entidade diz ainda que o processo de forte desinflação nos preços em geral abre espaço para uma intensificação do processo de redução dos juros, o que tende a melhorar as condições de financiamento, com efeitos positivos sobre o nível de atividade no setor imobiliário.

Entretanto, a Abecip pondera que uma retomada mais forte dos negócios ainda parece condicionada a um horizonte mais amplo do que o que pode ser visto no contexto da atual crise política no País.