Projeção da inflação cai e previsão para o PIB aumenta neste ano

Trata-se da décima redução consecutiva da projeção da inflação para 2022

Segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC), a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) caiu. Considerada a previsão oficial do país, a estimativa registrou redução de 6,7% para 6,61% neste ano.

Essa é a décima redução consecutiva da projeção, que também presume estimativa de inflação em 5,27% para o ano de 2023. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,43% e 3%, respectivamente.

Apesar da queda, o prognóstico para 2022 ainda está acima da meta de inflação estabelecida pelo BC — que, segundo o Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% em 2022, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O limite inferior é de 2,25% e o superior é de 5,25%.

Assim, o IPCA acumula alta de 4,77% no ano e 10,07% em 12 meses, considerando o mês de julho. Os dados relativos ao mês de agosto serão divulgados nesta sexta-feira (9). Por ora, os economistas analisam a conjuntura através da prévia da inflação oficial, que também registrou deflação na última publicação, de 0,73%. O resultado é menor que o de julho, que registrou alta de 0,13%.

A taxa básica de juros Selic (utilizada para controlar a inflação), por outro lado, segue no maior patamar desde janeiro de 2017, ao estabilizar em 13,75% ao ano, segundo o Comitê de Política Monetária (Copom). Na época, a Selic também estava em 13,75% ao ano.

Ao contrário do IPCA, a taxa Selic não acumula boas expectativas. Os especialistas preveem que o indicador permaneça nesta faixa até o fim do ano, e, em 2023, caia para 11,25% ao ano. Para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.

Por fim, em relação ao PIB (a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano foi de 2,10% para 2,26%. Para 2023, a expectativa é de crescimento de 0,47%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

Fonte: AECWeb