Varejo de item para obras fica estável
As vendas de materiais de construção tiveram em fevereiro desempenho estável na comparação com o mesmo mês de 2017, mas queda de 9% quando comparado com janeiro, mostra a Pesquisa Tracking mensal da Anamaco, feita com 530 lojistas.
Segundo o estudo, entre as categorias com maior variação negativa em fevereiro ante janeiro estão revestimento cerâmico (-9%) e tintas (-7%). O segmento telhas de fibrocimento manteve o mesmo patamar do mês anterior.
De acordo com a pesquisa, todas as regiões do País apresentaram variações negativas em fevereiro. No Nordeste, as vendas caíram 16%, já no Sudeste 9%. No Centro-Oeste a retração foi de 6%, no Sul 15% e no Norte 8%.
“Os primeiros meses do ano costumam ser bastante difíceis, pois são conhecidos por representar um período excessivo de chuvas, o que não favorece a realização de obras, afetando diretamente as nossas vendas”, diz o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Conz.
De acordo com ele, a atividade brasileira costuma retomar com maior intensidade após o Carnaval e no varejo de materiais de construção não é diferente. “Até porque a população tem gastos extras no início do ano, como IPTU, IPVA e matrículas escolares.”
Para o executivo, a expectativa para os próximos meses é que a implementação do cartão reforma e o termino do período de chuvas incentivem o consumo de materiais. “O Governo, aos poucos, está lançando o programa em cada estado contemplado, dispondo um subsídio às famílias de baixa renda para compra de material de construção”, coloca.
No curto prazo, no entanto, esse otimismo ainda não se observa na confiança dos empresários do setor. De acordo com o levantamento, para março, os lojistas estão divididos quanto às suas expectativas: 30% acham que as vendas vão retrair e 32% acham que vão crescer. Mesmo assim, cerca de 16% das lojas têm intenção de contratar funcionários no mês de março. No longo prazo, as projeções estão melhores. A pretensão de realizar investimentos nos próximos 12 meses aumentou em 36%.
A expectativa da entidade para o acumulado do ano é de crescimento de 8,5% sobre o ano anterior. Para o primeiro semestre a projeção é de 5%.
Fonte: Grandes Construções