Venda do varejo de material de construção sobe 3% em janeiro
As vendas do varejo de material de construção cresceram 3% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2017, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
Em relação a dezembro, no entanto, houve queda de 9%, por questões sazonais, uma vez que tradicionalmente o período é fraco para negócios no ramo.
“Janeiro é um mês bastante difícil para o nosso setor, especialmente por ser um período de chuvas, que não favorece a realização de obras”, explica Cláudio Conz, presidente da Associação.
Na comparação com dezembro, a categoria que apresentou a maior retração foi a de tintas, que registrou uma queda de 30% em janeiro. Na sequência ficou a de revestimentos cerâmicos, com recuo de 9%. As telhas de fibrocimento e cimentos ficaram estáveis.
De acordo com o dirigente, em geral, o primeiro semestre responde por 40% do faturamento anual do setor.
“Reforma exige planejamento, então esse comportamento do consumidor é completamente normal no início do ano. As vendas costumam melhorar por volta do final de março e início de abril e se fortalecem muito no segundo semestre.”
Frente a dezembro, todas as regiões do Brasil apresentaram variações negativas. As maiores quedas foram vistas no nordeste e sudeste, onde as vendas caíram 16% e 9%, respectivamente. No centro-oeste o recuo foi de 6%, no sul de 4% e no norte do país de 3%.
Em relação às expectativas dos lojistas para fevereiro, a pesquisa mostrou que os comerciantes estão divididos, já que 30% afirmaram que acreditam que as vendas devem retrair e 32% que devem crescer.
Para os próximos doze meses, houve uma melhora mais disseminada nas previsões e o estudo mostra que a intenção de contratar funcionários cresceu, na comparação com o mesmo mês do ano passado, passando de 12% para 16%. Já a pretensão de realizar novos investimentos no negócio ficou praticamente estável.
Para 2018, a Anamaco espera que o setor cresça 8,5%, ante 2017, quando teve um faturamento de R$ 114,5 bilhões.
Fonte: Revista M&T