Agtechs: startups orientadas no agronegócio crescem no Brasil

Startups de tecnologia estão voltando sua atenção para o campo e isso foi confirmado pelo Radar Agtech Brasil, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que em 2019, registrou 1.125 startups orientadas no meio rural. Você da Engenharia Agrícola, Agronômica ou de Agronegócios e que tem afinidade com inovação deveria dar uma olhada nas agtechs.

O que são agtechs?

Conforme o nome sugere, as agtechs constituem empresas de tecnologia que, nesse caso, estão com sua atenção direcionada ao cenário agropecuário. Elas são capazes de trazer uma visão de indústria 4.0 para o campo, integrando de forma tecnológica vários segmentos do agronegócio.

O diferencial das agtechs:

Característica que destaca as agtechs como uma modalidade de negócio é a rapidez que elas possuem para o desenvolvimento, teste e lançamento dos produtos, trazendo inovação para o campo em um piscar de olhos. Esse tipo de abordagem diverge dos modelos tradicionais no agronegócio, que tipicamente eram centrados em grandes empresas e centros de pesquisa.

O Radar Agtech Brasil 2019 classificou a forma como essas empresas desempenham negócios da seguinte forma: antes, dentro e depois da fazenda.

  1. Antes da fazenda: pré-produção e envolve tecnologias de controle biológico, nutrição do solo, genômica e biotecnologia. E sim, pode suprir emprego para vários segmentos diferentes de ciência e engenharia. Já pensaram do ponto de vista ambiental?
  2. Dentro da fazenda: a produção é toda monitorada por sensores (aquela ideia de internet das coisas), drones e plataformas de agricultura digital e de precisão. Nessa parte, vem aquela mistura de Engenharia Agrícola com Engenharia de Produção. Mas lembrando que pode se valer de tecnologias de sensoriamento remoto e a integração desses conceitos com reconhecimento de padrões. Segurem o Engenharia 360, porque a gente já quer falar de inteligência artificial.
  3. Depois da fazenda: surgem os empreendimentos ligados ao desenvolvimento de novos alimentos, rastreabilidade e comércio eletrônico. Alô, Engenharia de Alimentos!

Essa sistematização permite que a gente visualize a amplitude de aplicações das agtechs e as oportunidades para estudantes e profissionais de engenharia. Inclusive aqueles envolvidos com pesquisa, na medida em que existe fomento vinculado a isso no Brasil, mesmo que dentro de limitações orçamentárias.

Exemplos positivos são alguns financiados pela Fapesp, que vocês podem conferir no processo 12/51209-4, que teve por objetivo interpretar o desenvolvimento da agricultura paulista, ou um mais voltado para aplicação, sobre armadilhas de pragas automáticas e geoestatística aplicadas ao manejo integrado de pragas (17/08195-6).

E você? Já teve contato com startups do setor?

Fonte: engenharia360