A Importância dos aditivos químicos no segmento da construção
Introduzidos no Brasil na década de 1970, os aditivos químicos enfrentaram a desconfiança do mercado na época. Atualmente, são tão frequentes nas construções civis quanto a água e o cimento. Isso ocorre porque são fundamentais na preparação e utilização do concreto. Sua principal função é alterar determinadas propriedades da mistura em que é inserido. Com uma pequena quantidade (até 5% do total da massa), pode modificar sua consistência, tempo de pega, níveis de permeabilidade, além de realçar as qualidades e minimizar as imperfeições.
Em lajes de subpressão, comum em edifícios com subsolos que ultrapassam o nível do lençol freático, são indispensáveis, uma vez que garantem maior impermeabilidade ao concreto que ficará envolto de água e sofrerá o empuxo por parte dela. Quanto maior sua impermeabilidade, maior a estanqueidade da estrutura.
Esse tipo de laje é mais sustentável em termos de economia de energia elétrica (não utiliza sistemas permanentes de drenagem), garante maior durabilidade da construção e não acarreta impacto sobre o volume da água subterrânea.
Durante o 15º Simpósio Brasileiro de Impermeabilização, realizado pelo IBI Brasil, o engenheiro Felipe Santini Teixeira Fracon apresentou o estudo de caso “Metodologia executiva de uma laje de subpressão no Setor Noroeste, Brasília – DF”, onde abordou os desafios e métodos utilizados no planejamento e estruturação de uma laje de subpressão. Ele foi um dos premiados na categoria Trabalhos Acadêmicos.
Em sua apresentação, Felipe indica que foi desenvolvida uma metodologia executiva específica para assegurar a estanqueidade da laje, seguindo os padrões ecológicos do bairro. A escolha do tipo de laje se justifica, pois, além de ser o método mais sustentável, tem fácil manutenção e não oferece riscos estruturais futuros para o condomínio, apesar de seu custo de execução ser mais elevado do que outros tipos. Para tanto, foi necessário o uso de aditivo cristalizante integral no concreto. Os tipos utilizados foram o redutor de permeabilidade hidrostática, o superplastificante e o modificante de viscosidade.
O primeiro é um produto cristalizante e que tem poder impermeabilizante. Sua adição foi realizada na usina, diretamente no caminhão betoneira, conforme as especificações do fabricante, por técnico habilitado da fornecedora do produto. Utilizou-se 0,8% em relação à massa de cimento. Foi necessária na concretagem da laje e também nos blocos da fundação, garantindo a proteção das armaduras contra a corrosão.
O aditivo superplastificante é um redutor de água de alta eficiência que, sem alterar a consistência do concreto no estado fresco, permite alta redução no conteúdo de água da mistura, ou ainda, não altera a quantidade de água, mas o torna mais fluido. Ele também foi utilizado na concretagem da laje, de modo a aumentar a plasticidade do concreto.
O terceiro tipo de aditivo foi o modificante de viscosidade, que altera as características reológicas e viscoelásticas da massa, reduzindo a segregação do concreto e lhe proporcionando maior homogeneidade e bombeamento. Foi essencial na instalação da armadura na execução da fundação.
O uso de aditivos foi imprescindível para que construção do edifício fosse a melhor possível, pois aperfeiçoou o concreto, garantindo à estrutura integridade e estanqueidade. Além disso, colaborou com a maior durabilidade, uma vez que evita fissuras, gerando economia de custo pela menor necessidade de reparos.
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