Comércio de cimento tem alta de 10,9% em 2020
Os principais responsáveis pela alta foram o auxílio emergencial, a autoconstrução e as obras imobiliárias – que garantiram 80% das vendas de cimento
As vendas de cimento em dezembro de 2020 totalizaram 4,7 milhões de toneladas, o que corresponde a uma alta de 16,6% em comparação ao mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, 60,8 milhões de toneladas foram comercializadas, alta de 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são de um levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Os principais responsáveis pela alta foram o auxílio emergencial, a autoconstrução e as obras imobiliárias – que garantiram 80% das vendas de cimento, assegurando o bom desempenho do setor no período.
Na avaliação por dia útil – indicador que analisa o número de dias trabalhados –, em dezembro, as vendas caíram 13,2% face a novembro, com 208,4 mil toneladas de cimento comercializadas.
A região Nordeste teve o maior percentual de aumento nas vendas em 2020, onde concentra-se grande parte dos beneficiários do auxílio emergencial. Na comparação com 2019, o cimento foi 14,5% mais comercializado na região –somando 12,6 milhões de toneladas.
Já o Sudeste continua sendo o recordista absoluto, com 28,4 milhões de toneladas vendidas, 8,5% a mais que em 2019.
“Vivemos uma montanha-russa nas projeções de 2020. Antes da pandemia, estimávamos um crescimento de 3%. Em abril, com a queda acentuada da demanda, esperávamos uma retração de 7% a 9% no ano. De junho a outubro, a indústria do cimento registrou forte recuperação seguida de um novembro e dezembro de crescimento moderado. Tudo isso nos levou a um resultado surpreendente de 11% de incremento nas vendas”, disse o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna.