Encontro com candidatos à Presidência da República vai discutir agenda estratégica
Proposição aponta como o setor pode alavancar a economia nacional e neutralizar o avanço do desemprego
A Coalizão pela Construção, formada por 26 das mais importantes entidades representativas da indústria da construção, levará a agenda estratégica do setor – que dialoga diretamente com a agenda do País – para o encontro O Futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis 2018 com os candidatos à Presidência da República Marina Silva (Rede Sustentabilidade), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB). O evento, para convidados, será no próximo dia 6 de agosto (segunda-feira), das 8h às 17h, no auditório do Edifício Armando Monteiro Neto, em Brasília. “O coletivo surgiu da preocupação com o cenário de paralisia que afeta a indústria da construção e compromete a sobrevivência das empresas do setor”, explica o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins. O propósito é conhecer as ideias e as propostas dos presidenciáveis para o Brasil e para a recuperação do setor. Os presidenciáveis falarão em painéis individuais, que serão transmitidos ao vivo pela internet, em http://www.facebook.com/cbicbrasil, e responderão a perguntas da Coalizão.
CONSTRUÇÃO: CRESCIMENTO COM EMPREGO E INVESTIMENTO
A indústria da construção é um dos setores mais importantes da economia brasileira, com influência direta na geração de riquezas. Sua cadeia produtiva é formada por construtoras e incorporadoras; fabricantes e comerciantes de materiais, máquinas e equipamentos; fornecedores de serviços técnicos especializados; consultorias de projetos, engenharia e arquitetura.
Grande geradora de emprego formal e renda, responde por mais de 50% do investimento no Brasil e exerce importante papel social não apenas trazendo para o mercado de trabalho estrato da população menos escolarizado e qualificado; mas também contribuindo para a prestação de serviços em diversos setores.
Em meio a uma crise econômica que combina forte retração no crédito para empresas e redução significativa da renda das famílias, entre outros aspectos, a indústria da construção tem enfrentado perdas continuadas, tornando-se o único setor da indústria que não acompanhou os recentes sinais de reação da economia. Estimulada, pode alavancar um ciclo de crescimento mais robusto da economia.
INVESTIMENTO E EMPREGO
A agenda estratégica da indústria da construção, exposta no documento enviado aos presidenciáveis, apresenta temas e propõe medidas para reverter a retração do setor e fomentar seu potencial gerador de riquezas. A âncora dessa pauta é a retomada do investimento, com foco na infraestrutura, na habitação e no mercado imobiliário, e na geração de empregos. Dirigentes e empresários do setor avaliam que o próximo ciclo da economia não será estimulado pelo consumo das famílias, mas sim pelo investimento, tendo a geração de novos postos de trabalho como efeito direto da execução de obras e novos empreendimentos.
Para isso, é preciso melhorar o ambiente de negócios brasileiro, restabelecendo a segurança jurídica; retirar as amarras do crédito para financiamento de empresas e projetos; adotar práticas que garantam a livre concorrência e a participação de um maior número de empresas nos projetos; e apostar na qualificação do atendimento à população, com ações como a revitalização de centros urbanos e outros.
As empresas da indústria da construção estão conscientes da incapacidade do poder público para liderar a recuperação do investimento e preparadas para assumir projetos nos diversos segmentos na infraestrutura, com ênfase nas modalidades de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), da habitação e mercado imobiliário; e nos demais setores em que a construção é parceira e parte integrante da geração de riqueza. Após mais de uma década em que aprofundou sua modernização, seja nos seus processos produtivos ou na governança de suas empresas, a indústria da construção está pronta para contribuir com o novo ciclo de crescimento sustentado do Brasil.
Fonte: CBIC