Indústria da construção tem intenção de investir em infraestrutura, diz CNI
Empresários da indústria de construção estão confiantes e com maior intenção de investir, segundo a Sondagem Indústria da Construção.
Para realizar o levantamento, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) consultou 327 empresas do ramo de construção entre os dias 1º e 12 de junho.
Na pesquisa, o índice que mede a intenção de investimento avançou 0,7 ponto de maio para junho, ficando em 46,6 pontos. O índice está alto diante da média histórica, que é 37,5 pontos.
“Esse aumento está sendo puxado, principalmente, pelas empresas que atuam com obras de infraestrutura e pode estar relacionado ao novo Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) e às iniciativas de reconstrução do Rio Grande do Sul. É o terceiro aumento consecutivo deste índice este ano”, explica a economista da CNI, Paula Verlangeiro.
O indicador analisa três setores: edificações, que avançou 0,2 ponto em junho; obras de infraestrutura, que apresentou aumento de 1,8 ponto; e serviços especializados para construção, com recuo de 2,7 pontos.
Confiança – O Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria da construção subiu 1,2 ponto em junho, passando de 51,7 pontos para 52,9 pontos.
Com o resultado, o ICEI do setor fica mais acima dos 50 pontos, o que significa que a confiança está maior e mais disseminada entre os empresários do segmento.
A maioria dos índices de expectativa para os próximos meses da indústria da construção recuou, mas permanece acima dos 50 pontos.
Os componentes que mensuram novos empreendimentos e serviços, compra de insumos e matérias-primas e número de empregados recuaram de maio para junho, o que revela otimismo mais contido.
Apenas o indicador de expectativa em relação ao nível de atividade registrou uma leve alta de 0,4 ponto, ficando com 53,7 pontos no período.
Atividade – O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção recuou de 0,5 ponto na passagem de abril para maio e ficou em 47,9 pontos.
O índice de maio de 2024 foi menor que o de maio de 2023 (49,8 pontos) e o de maio de 2022 (49,5 pontos).
Já o indicador de evolução do nível de número de empregados avançou 0,6 ponto e ficou em 49,0 pontos em maio.
Como o índice segue abaixo da linha divisória de 50 pontos, ainda indica queda do emprego no período.
Este ano, o indicador de maio foi menor que o do mesmo período em 2023 (50,7 pontos) e praticamente igual ao registrado em maio de 2022 (48,9 pontos), informa a CNI.
