O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última semana, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, que aumentou 1,1%, chegando a R$ 7,257 trilhões. Este é o terceiro ano consecutivo com alta no indicador. Já o PIB da construção civil fechou 2019 com crescimento de 1,6% frente a 2018, resultado que interrompe um período de cinco anos de desempenho negativo no setor.

Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o resultado do indicador confirma o parecer mantido pelo setor da construção civil ao longo de 2019 a respeito da demanda por ações que estimulassem o crescimento da economia a partir da geração de emprego a partir do investimento na produção.

“A economia desacelerou no último trimestre de 2019, mesmo com a liberação dos saques do FGTS. A medida não teve efeito prático e, pelo contrário, reduziu a atividade na construção civil neste período por falta de recursos para financiamento da habitação”, diz Martins.

Conforme previsão da CBIC, a construção civil, em 2019, cresceria 2%. O presidente da entidade explica que esse resultado foi frustrado pelo desempenho na área de habitação de interesse social, que possui 90% do déficit habitacional do País.

“Apesar de ter crescido, o segmento poderia ter alta superior, pois ficou sem contratações durante muitos períodos de 2019, da mesma forma que no início de 2020”, alerta.

José Carlos Martins informou, ainda, que o mercado imobiliário subiu 9,7% em vendas totais durante 2019, o que trem contribuído na alta do PIB e do emprego. Já o financiamento do FGTS recuou cerca de 10%.

Fonte: aecweb