Setor produtivo cobra mais ações

Empresários pedem olhar “mais apurado” para economia. Comércio pede reescalonamento de débitos tributários

Diante do anúncio do governador Camilo Santana de que vai ser prorrogado o decreto que estabelece o isolamento social e a paralisação de várias atividades empresariais no Estado, o setor produtivo cobra medidas que garantam a sobrevivência dos negócios em meio à forte queda de receita.

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FDCL), Freitas Cordeiro, afirma que já esperava a prorrogação e até mesmo o anúncio de um lockdown, mas frisa que continuará defendendo um olhar mais apurado para a economia e para situação das empresas.

“Não vou me cansar de insistir no reescalonamento de débitos tributários”, garante, detalhando que esse reescalonamento deveria ocorrer na forma de renegociação de crédito tributário para as empresas que possuem condições de pagar e parcelamento estendido das dívidas tributárias para as que estão em situação mais frágil.

“Nunca preguei a abertura inconsequente do comércio. Tem que ser criteriosa, mas chamo a atenção para o seguinte: o comércio continua fechado, mas a infecção cresceu. Não foi a atividade comercial o vetor de crescimento, mas sim o povo na rua”, alerta.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), André Montenegro, afirma que havia a esperança de que alguns setores fossem liberados e que entende que a situação do povo é delicada. Ele defende que sejam feitos estudos que mostrem a contaminação em algumas atividades, dando como exemplo a construção civil.

“Somente dois estados brasileiros não estão com canteiros abertos. Há estudos que mostram que a contaminação nos canteiros é baixa”, diz. “Em um primeiro momento, consideramos acertada a decisão do governo, mas nós temos protocolos de cuidado e é possível fazer esse estudo. A crise vai se tornar insuportável”, diz.

Fonte: Diário do Nordeste