“Temos boom na construção civil que vai continuar por 5 ou 10 anos”, sugere Guedes
Ministro disse que setor “atravessou a pandemia sem sentir o impacto”
O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou nesta sexta-feira que, em sua análise, ocorre no momento um “boom” na atividade da construção civil do país, de longo prazo, e que vai continuar por cinco ou dez anos.
Ele fez a observação no segundo dia da 39ª Edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), promovida pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). No evento virtual, ele comentou em sua fala a aprovação pelo governo de marcos regulatórios para acelerar investimentos em infraestrutura e em saneamento. “Os leilões estão acontecendo. Existe uma carteira enorme de leilões em infraestrutura”, disse, citando ocorrência de certames nos setores elétrico, de gás natural e de petróleo.
Ao falar de diferentes setores da economia, ele citou a construção civil. “A construção civil atravessou a pandemia sem sentir o impacto. Criou-se protocolos de retorno seguro ao trabalho. Manteve a atividade econômica, e nós atravessamos criando emprego durante a crise generalizada, mesmo durante a crise, e agora acelera as contratações”, disse ele. “Temos um boom na construção civil que é de longo prazo e vai continuar por cinco ou dez anos”, disse.
O ministro comentou que, além de diferentes setores da economia, o setor externo também é importante nesse aspecto. “Queremos entrar para a OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]”, disse. Para o ministro, caso o Brasil entre na OCDE, seria necessário implantação de transporte mais barato, em termos de logística, para competir com supostos cartéis no setor, no país.
Guedes afirmou, no entanto, que ocorre uso da questão ambiental, por outros países, para prejudicar o avanço do Brasil. “Estamos enfrentando dificuldades com países protecionistas que se escondem atrás do tema ambiental”, afirmou, sem citar quais países seriam.
“Nosso desafio é transformar a recuperação cíclica desses últimos meses” afirmou, completando que a atual gestão tem “um ano e pouco para transformar isso na retomada do crescimento sustentável”.