Após greve dos caminhoneiros, indústria de materiais de construção registra baixas
Dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) revelam queda no faturamento deflacionado de -4,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. O estudo também aponta revisão dos dados projetados sobre o mês de maio no estudo anterior. O resultado, antes apontando crescimento de 3,5%, foi revisado para queda de -9%, com ambos os resultados obtidos pela comparação com o desempenho do setor no mesmo mês do ano anterior.
Com a revisão de maio e a estimativa feita para junho, o crescimento acumulado no ano até aqui, em comparação com o mesmo período do ano passado, é de -0,4%. Apesar dos impactos trazidos por essa externalidade, a associação mantém por enquanto a projeção para um fechamento de ano com crescimento de 1,5% do setor.
Comparando junho e maio deste ano, a projeção é de crescimento de 4,4%. Apesar da guinada negativa do mercado com a greve, o real faturamento de junho pode ser superior à previsão, uma vez que muitas vendas realizadas no mês de maio foram adiadas com a greve, tendo seus números computados apenas no mês seguinte.
O emprego na indústria de materiais de construção, apesar da greve, segue rumando para uma reversão de tendência. O acumulado no ano agora é de -1,2%, melhor resultado desde janeiro. No mês anterior, o ano acumulava redução de -1,3% no número de vagas. Ambos os resultados derivam da comparação com o período equivalente do ano anterior.