Coronavírus: recomendações sobre o COVID-19 no canteiro de obras

Desde dezembro de 2019, quando vieram à tona os primeiros casos de COVID-19 em Wuhan, na China, o mundo vêm enfrentando uma pandemia sem precedentes. No Brasil, o novo coronavírus está mudando a rotina das empresas, inclusive no setor da construção civil.

O vírus, embora tenha uma baixa taxa de mortalidade quando comparado à outras doenças, preocupa por sua facilidade de transmissão e proliferação. Em poucos meses, o novo coronavírus já se espalhou por todos os continentes e vêm sobrecarregando os sistemas de saúde.

Embora a doença seja semelhante à uma gripe para a maioria das pessoas, o vírus pode ser mortal para pessoas em grupos de risco. Os mais vulneráveis ao COVID-19 são os idosos, diabéticos, hipertensos, aqueles que têm doenças crônicas no âmbito renal, respiratório ou cardiovascular.

A transmissão é bastante fácil, pois se dá através de gotículas de saliva eliminadas por tosse e/ou espirros, e acontece quando alguém toca em superfícies contaminadas e leva as mãos ao rosto.

Quais são os sintomas do coronavírus?

Os principais sintomas do novo coronavírus são tosse seca, febre, cansaço, coriza e dor de garganta. Mas nos casos mais graves, pode haver dificuldade respiratória, tosse com sangue, vômitos e diarreia.

A prevenção é feita reforçando os métodos de higiene, isolamento e tomando algumas precauções, como mostrado abaixo:

prevenção coronavírus

Os estados brasileiros vêm adotando medidas para conter a disseminação do coronavírus, aprovando decretos para que as empresas fechem e os trabalhadores fiquem em casa, em isolamento social. Mas, onde não há esses decretos, ou quando a interrupção dos trabalhos não é possível, é necessário adotar protocolos de prevenção e segurança.

No setor da construção civil, há uma preocupação sobre o que fazer para resguardar a saúde dos trabalhadores.

Se às empresas do setor da construção devem parar ou não, excluso decretos, quem deve analisar são os envolvidos do setor e sindicato dos trabalhadores.

Segundo o diálogo CBIC, o setor não vê indicação de fechamento. O canteiro de obra é aberto e arejado. A necessidade de manter distância entre os trabalhadores é possível. Os trabalhadores do setor já usam equipamentos de proteção como luvas, máscaras e capacetes. Sendo assim, veja alguns cuidados que devem ser tomados a seguir:

A prevenção do coronavírus nos canteiros de obras

No casos em que as autoridades exigem a quarentena, é preciso parar todas as atividades e encaminhar os trabalhadores para casa. Assim, a chance de contrair o vírus diminui, e isso auxilia o sistema de saúde do país a dar conta de atender os casos mais graves.

Mas, quando não há um decreto em vigor, ou até mesmo após o período de quarentena, é necessário seguir a risca as sugestões de prevenção. E cabe às empresas prezar pela segurança dos canteiros de obras e todos cooperarem com as medidas.

A primeira recomendação é estabelecer um sistema de trabalho remoto para todos os trabalhadores que têm a possibilidade de desempenhar suas funções sem estarem presentes, como aqueles do escritório.

Para aqueles que não podem trabalhar de forma remota, uma sugestão é dividir as equipes em turnos, para evitar muitas pessoas em um mesmo ambiente. Além disso, é preciso fornecer lavatórios com água e sabão e, se possível, disponibilizar álcool em gel 70%. Bem como promover a limpeza geral e esterilização com desinfetante contendo cloro ativo ou solução de hipoclorito a 1% ao menos duas vezes ao dia, principalmente nos locais de trabalho onde há maior contato com as mãos.

Manter os ambientes arejados e evitar aglomeração de pessoas em locais fechados, além de manter uma distância de, pelo menos, um metro entre os trabalhadores em todas as áreas são outras recomendações extremamente importantes.

É fundamental conscientizar e disseminar somente informações confiáveis sobre as orientações, como é o caso do Ministério da Saúde, Secretaria de Trabalho, MPT e entidades do setor da construção, como a CBIC e a SECONCI da sua região.

Ferramentas, máquinas e equipamentos que  devem ser limpos e esterilizados com maior frequência – inclusive calçados, pois podem espalhar o vírus.

Vale lembrar também dos cuidados no uso de EPIs. Como o próprio nome diz, os equipamentos de uso individual são para utilização de apenas um trabalhador. Portanto, ainda mais neste momento, não se deve fazer o uso compartilhado deles e também lembrar os trabalhadores de realizar a limpeza dos mesmos.

Para evitar aglomerações nos refeitórios, é recomendado que os trabalhadores levem comida de casa, ou que a empresa forneça marmitas ou similares. Além disso, não se deve compartilhar, entre os empregados, objetos de uso pessoal, como talheres, e copos, etc.

Outras medidas para as empresas sobre o Coronavírus

Além de adotar essas medidas de prevenção nos canteiros de obras e em todos os locais de trabalho das empresas, é preciso que os empregadores tomem outras atitudes diante do cenário de pandemia do novo coronavírus.

Recomenda-se que as empresas concedam férias individuais ou coletivas quando falamos de funcionários que se enquadram nos grupos de risco – como aqueles maiores de 60 anos ou com doenças respiratórias.

Já sobre as relações trabalhistas e o período em que o empregado fica dispensado das suas atividades, é recomendado que neste momento de mudanças e ajustes por parte das autoridades e empresas, que seja acompanhado de perto as últimas notícias e seguir a legislação.

Algumas medidas provisórias anunciadas pelo governo são: trabalho remoto, licenças remuneradas, férias individuais e coletivas, adoção de turnos diferenciados de trabalho, antecipação de feriados não religiosos e banco de horas.

Quando identificado um profissional que apresente os sintomas do novo coronavírus, a empresa deve afastá-lo do trabalho imediatamente e dar as orientações necessárias para que procure uma unidade de saúde.

No Brasil, assim como em boa parte do mundo, a economia já está sofrendo um grande impacto com a epidemia. No setor da construção civil, não é diferente. Mas, apesar dos prováveis atrasos e custos que a pandemia irá causar, é hora de priorizar as pessoas e a saúde dos trabalhadores.

FONTE: MOBUSS CONSTRUÇÃO