Especialista fala sobre a 1ª Casa Brasileira com Certificação de Construção Verde (LEED)

Residência sustentável teve investimentos em estruturas para reduzir o desperdício de água e de energia, tecnologias para qualidade o ar, técnicas de vegetação, entre outros aspectos.

As edificações verdes ganham cada vez mais espaço no mercado e têm se mostrado a melhor opção no setor imobiliário, economicamente falando. As construções sustentáveis alcançaram um patamar histórico nos últimos 10 anos e deixaram de ser um privilegio das edificações de alto padrão. Hoje escolas, creches, lojas de varejo, comércio e residências, podem se adequar para serem consideradas sustentáveis.

Diante desse cenário, a primeira casa sustentável certificada utilizando o Referencial CASA v1 GOLD do Green Building Council Brasil (GBC Brasil), será tema de palestra em São Paulo. O evento, que será realizado no Instituto de Engenharia, no dia 9 de maio, terá como palestrante Henrique Cury, conselheiro do Qualindoor, Departamento Nacional de Qualidade do Ar Interno da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), membro atuante do GBC Brasil, diretor da EcoQuest e dono da casa.

Para obter essa certificação, Cury investiu em estruturas para reduzir o desperdício de água e de energia, além de cuidados com o ar, com a vegetação, entre outros fatores. A composição desses quesitos rendeu à residência uma pontuação de 66 pontos referente ao nível Ouro da certificação. A questão da qualidade do ar foi um dos pontos de atenção no projeto. Além de ter sido projetada para obter ventilação natural cruzada, a casa conta com células fotocatalíticas no sistema de ar-condicionado e nos aparelhos mini-split, que produzem oxidantes naturais lançados nos ambientes, para eliminação de microrganismos e gases voláteis.

“Sustentabilidade está ligada a respeitar os recursos do Planeta e à qualidade de vida. O ar que respiramos é um destes importantes quesitos. Em uma cidade como São Paulo, é imprescindível saber que temos ar-puro dentro de casa”, diz Cury. Além disso, ele explica que os gastos estimados para se obter o selo sustentável são de 10% a 15% do valor da obra. Na verdade, os cálculos de payback mostram que a economia gerada pode zerar o investimento inicial em três anos.

Em sua apresentação, o especialista vai abordar quais os pontos abordados no processo da certificação, as exigências para se obter a certificação, além das motivações para certificar a casa. Os ganhos voltados à qualidade de vida e à preservação ambiental e os benefícios econômicos que esse tipo de projeto oferece, tais como a valorização do imóvel e redução nas contas de água e energia, também estarão em pauta.

O projeto

Na ocasião, o engenheiro Eduardo Straub, responsável pelo projeto também estará presente. Ele vai apresentar o planejamento e execução da obra e as técnicas implantadas, como jardim com vegetação nativa, sistemas economizadores de água e energia, painéis solares e fotovoltaicos, tecnologias de purificação do ar no sistema de ar condicionado e realizou outros trabalhos como a Análise do Ciclo de Vida da residência e cuidados para manter tanto a água quanto o ar livres de contaminantes.

O evento, que conta com o apoio do CREA-SP, será direcionado para engenheiros, arquitetos, empresas da área de construção civil, profissionais e estudantes. A palestra será aberta ao público e não tem taxa de inscrição. Para se inscrever basta acessar o site do Instituto da Engenharia. Para os estudantes será emitido certificado de presença.

Fonte: Obra 24horas