A edição de 2025 da bauma, considerada a maior feira mundial voltada à construção civil, mineração e máquinas pesadas, reafirmou seu papel como referência global em tendências tecnológicas para o setor. Realizado em Munique, o evento reuniu mais de 3 mil expositores e cerca de 600 mil visitantes de diferentes continentes.
Entre os principais temas debatidos, a escassez de mão de obra qualificada se destacou como desafio comum a diversos mercados. Em resposta, empresas e especialistas enfatizaram a importância da automação, da construção industrializada e da adoção de soluções sustentáveis como estratégias essenciais para aumentar a eficiência dos canteiros de obras e reduzir a dependência de trabalho intensivo.
Representantes da SH Indústria, empresa brasileira do setor, acompanharam as novidades apresentadas na feira. Segundo o COO da companhia, Luis Claudio Monteiro, o cenário global exige investimentos urgentes em inovação. “A escassez de mão de obra qualificada é um problema que afeta diversos países. Investir em industrialização e produtividade é fundamental para o futuro do setor”, avaliou.
O diretor comercial da SH, João Corvo, também reforçou a importância de incorporar tecnologias que reduzam etapas manuais e aumentem a segurança. “A inovação precisa fazer parte da estratégia da construção civil. Tecnologias inteligentes são aliadas para vencer gargalos como a baixa produtividade e os custos elevados”, afirmou.
No Brasil, a escassez de profissionais qualificados no setor tem sido um obstáculo recorrente. Pesquisa conduzida pelo Portal AECweb em parceria com o Sienge aponta que 96% das empresas da construção civil enfrentam dificuldades para contratar mão de obra qualificada. Entre os principais fatores estão a falta de qualificação (84,1%) e a carência de profissionais disponíveis (58,8%).
Como alternativa, a SH tem investido em soluções voltadas à redução da complexidade operacional nos canteiros. A empresa oferece equipamentos para execução de estruturas de concreto e obras de acesso, como escoramentos, fôrmas e andaimes, que aumentam a produtividade e reduzem a necessidade de intervenção manual. Entre 2024 e 2025, a companhia destinou R$ 100 milhões à inovação e ao desenvolvimento tecnológico.
Durante a bauma 2025, a SH reforçou sua atuação como parceira estratégica de construtoras em todo o território nacional, alinhando-se às práticas globais de eficiência operacional, sustentabilidade e inteligência logística.
Monteiro concluiu que a transformação do setor passa pela adoção definitiva de tecnologias que proporcionem resultados superiores com menor impacto ambiental e menor dependência de mão de obra. “O desafio global é entregar mais com menos: menos tempo, menos retrabalho, menos emissões. A resposta está na inovação”, afirmou.
