Fortaleza – CE | sábado 5 de julho de 2025 / 08:53

INCC-M aponta desaceleração no custo da construção em fevereiro, com alta de 0,51%

Crescimento acumulado em 12 meses chega a 7,18%, evidenciando pressão contínua sobre o setor

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou uma variação positiva de 0,51% no mês de fevereiro. Embora ainda indique crescimento, o resultado ficou abaixo do observado em janeiro, quando o índice havia subido 0,71%. Esse movimento aponta para uma desaceleração no ritmo de aumento dos custos do setor, mas mantém a tendência de alta ao longo do tempo.

A escalada nos gastos relacionados à construção civil ganha força quando analisamos os números acumulados nos últimos 12 meses, que atingiram impressionantes 7,18%. Esse percentual representa um salto significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o índice acumulado era de apenas 3,23%. A evolução demonstra que os desafios econômicos continuam impactando diretamente o segmento.

No grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços , a taxa de crescimento foi de 0,45% em fevereiro, ligeiramente superior aos 0,42% registrados no mês anterior. Dentro dessa categoria, os Materiais e Equipamentos mantiveram estabilidade, repetindo a variação de 0,43% observada em janeiro. Essa consistência reflete a crescente pressão sobre os preços desses insumos, fundamentais para a execução de obras.

Um dos destaques positivos na análise mais recente foi o subgrupo “materiais para instalação”, que reverteu sua trajetória negativa e passou de uma queda de -0,33% em janeiro para uma alta de 0,75% em fevereiro. Por outro lado, o subgrupo “materiais para estrutura” apresentou desaceleração, com sua taxa caindo de 0,44% para 0,17%, indicando menor pressão nesse segmento específico.

No campo dos Serviços , houve uma aceleração expressiva, com a taxa de variação subindo de 0,41% em janeiro para 0,68% em fevereiro. O principal responsável por esse avanço foi o item “projetos”, cuja variação saltou de 0,52% para 0,81%, refletindo maior demanda ou ajustes de preços nessa área.

Mão de Obra Registra Recuo
Já no índice de Mão de Obra , observou-se uma desaceleração significativa. A variação foi de 0,59% em fevereiro, bem abaixo dos 1,13% registrados no mês anterior. Esse recuo pode estar associado a fatores sazonais ou a ajustes pontuais no mercado de trabalho do setor.

Variações Regionais no INCC-M
O comportamento do INCC-M em fevereiro também apresentou diferenças marcantes entre as principais cidades brasileiras. Enquanto localidades como Belo Horizonte , Recife e São Paulo experimentaram uma desaceleração em suas taxas de variação, indicando uma redução temporária nos custos de construção, outras regiões seguiram em ritmo oposto.

Cidades como Brasília , Rio de Janeiro e Porto Alegre registraram aceleração em suas taxas, sugerindo que os custos continuam pressionados nessas áreas. Já Salvador manteve sua trajetória estável, sem alterações significativas em seus índices.

Esses dados reforçam a complexidade do cenário enfrentado pelo setor da construção civil no Brasil, onde fatores como inflação, disponibilidade de materiais e dinâmica regional influenciam diretamente os custos operacionais. Para os próximos meses, especialistas destacam a necessidade de monitoramento constante, especialmente diante das incertezas econômicas globais e locais.

Conclusão:
Embora o INCC-M tenha registrado desaceleração em fevereiro, os números acumulados e as variações regionais deixam claro que o setor ainda enfrenta desafios consideráveis. A gestão eficiente de recursos e a busca por soluções inovadoras serão cruciais para mitigar os impactos dessas tendências nos próximos trimestres.

Fonte: Redação

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