A inflação no setor da construção civil brasileira mostrou leve desaceleração em maio, com alta de 0,43% no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE. Apesar de inferior ao resultado de abril (0,46%), o índice acumula alta de 5,01% nos últimos 12 meses, acima dos 4,74% registrados até o mês anterior.
O avanço da inflação também refletiu no custo nacional da construção por metro quadrado, que passou de R$ 1.818,64 em abril para R$ 1.826,53 em maio. Desse total, R$ 1.051,98 são referentes aos materiais e R$ 774,55 à mão de obra.
Na comparação com maio de 2024, quando o índice foi de apenas 0,17%, o ritmo de crescimento acelerou consideravelmente ao longo de um ano. Essa evolução indica que, mesmo com o leve alívio no mês, os custos da construção continuam pressionados, especialmente no que diz respeito aos insumos e materiais.
O IBGE aponta que os materiais de construção continuam tendo peso significativo na composição do índice, com aumento acumulado, ainda que moderado, mês a mês. Já o custo com mão de obra também teve um pequeno acréscimo, indo de R$ 771,98 em abril para R$ 774,55 em maio, seguindo a tendência de correções salariais do setor.
Com esse panorama, o setor da construção civil segue enfrentando pressões inflacionárias contínuas, o que impacta diretamente o preço final de obras públicas e privadas, além de influenciar o comportamento do mercado imobiliário nacional.
O Sinapi é uma referência fundamental para orçamentos da construção civil no Brasil, principalmente para obras contratadas por órgãos públicos, e sua evolução é monitorada de perto por construtoras, incorporadoras e agentes financeiros do setor.
