Fortaleza – CE | terça-feira 17 de junho de 2025 / 23:52

Inteligência artificial revoluciona a construção civil e inaugura nova era de produtividade

Com automação, análise de dados e decisões estratégicas em tempo real, tecnologia promete eliminar gargalos históricos e impulsionar o setor imobiliário

A construção civil brasileira está diante de uma transformação sem precedentes. Após décadas de avanços com materiais como o concreto armado e a mecanização dos canteiros, é a inteligência artificial (IA) que agora impulsiona o setor rumo a uma nova era, comparável à revolução causada pela eletricidade.

Em um ambiente marcado por baixa produtividade, desperdícios e processos fragmentados, a IA surge como um divisor de águas, conectando dados dispersos, antecipando falhas e otimizando a tomada de decisões em incorporadoras, construtoras e loteadoras.

Segundo o relatório Reinventing Construction, da consultoria McKinsey, o setor perde anualmente US$ 1,63 trilhão em ineficiências. Em tempos de crédito escasso e juros elevados, adotar IA rapidamente pode ser a chave para sobreviver e prosperar.

A aplicação da inteligência artificial se sustenta em três pilares fundamentais: consolidação de dados, automação de tarefas com agentes virtuais e geração de insights precisos. E, para isso, é indispensável estruturar uma base sólida e integrada de informações confiáveis — algo raro em um setor ainda dominado por planilhas manuais e sistemas desconectados.

“Dados são o novo alicerce da construção civil. Assim como uma obra precisa de fundações sólidas, a IA depende de dados organizados para funcionar”, afirma Thomas Buettner, cofundador da Paggo, fintech que oferece soluções financeiras automatizadas para o setor imobiliário.

O segundo pilar é a adoção de agentes inteligentes que substituem tarefas repetitivas como conferência de documentos, cadastro de contratos e conciliações financeiras. Além de reduzirem erros, esses sistemas liberam as equipes para funções mais estratégicas, como análise de viabilidade e gestão de portfólios.

“Executivos não devem temer a substituição, mas abraçar a automação como amplificadora da inteligência humana”, complementa Buettner.

O terceiro pilar foca na extração de insights. Quanto mais cedo a tecnologia é implantada, mais dados são processados, melhorando o desempenho dos algoritmos e elevando a qualidade das decisões. Segundo Igor Bentes, também cofundador da Paggo, “quem adotar agora terá uma vantagem quase impossível de alcançar no futuro”.

Esse movimento já é visível. Pesquisa da McKinsey mostra que mais de 80% dos diretores financeiros (CFOs) esperam que a IA automatize rotinas operacionais, permitindo foco em decisões de alto impacto, como análise de investimentos e estruturação financeira.

Hoje, tarefas que levavam semanas podem ser resolvidas em segundos. A IA detecta padrões ocultos, antecipa riscos e projeta cenários com precisão, facilitando desde o controle de custos até o fluxo de caixa das obras.

Ao contrário de outras tecnologias que enfrentaram resistência no setor, a IA se mostra uma resposta direta a demandas reais e urgentes da construção civil. A dúvida não é mais “se”, mas “quando” a adoção será generalizada.

“Empresas que reagirem rápido vão construir os alicerces do novo ciclo de crescimento do setor”, reforça Bentes.

Na prática, isso já acontece com a Paggo, plataforma criada em 2022 que centraliza pagamentos, recebimentos, tesouraria e fluxo de caixa com IA aplicada. Em apenas dois anos, a startup já atendeu mais de 300 projetos em sete estados brasileiros e processou mais de R$ 1,5 bilhão em transações.

“A fragmentação dos sistemas financeiros compromete a eficiência. Ao integrar tudo em uma única solução, garantimos decisões mais inteligentes e seguras”, finaliza Buettner. “Mais do que economia, oferecemos tranquilidade para nossos clientes.”

Fonte: Redação

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