A produção industrial aumentou no Brasil. De março para abril, o indicador registrou variação positiva de 0,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, divulgados na última sexta-feira (3), indicam o terceiro avanço consecutivo do índice.
Com alta acumulada de 1,4% nos últimos três meses, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) constatou que, apesar de ter eliminado o recuo de 1,9% registrado em janeiro de 2022, o setor industrial ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia. O gerente da pesquisa, André Macedo, explica que a comparação é feita entre o resultado atual e o resultado de fevereiro de 2020. Ele também contou que, considerando o nível recorde do indicador, o último patamar está 18% abaixo.
Na média móvel trimestral, o crescimento industrial foi de 0,5%, e nos demais tipos de comparação, a produção apresentou recuo. Em comparação com o mês de abril de 2021, o declínio foi de 0,5%. No acumulado do ano, foi de 3,4%, e no acumulado de 12 meses, foi de 0,3%.
Entre o terceiro e o quarto mês de 2022, 16 das 26 atividades participantes da pesquisa apresentaram crescimento na produção. Os destaques são as áreas de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,6%), bebidas (5,2%) e outros produtos químicos (2,8%).
Outras dez atividades, entretanto, apresentaram queda — entre elas, a de produtos alimentícios (-4,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,2%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, tiveram alta apenas os bens de consumo semi e não duráveis (2,3%) e os bens intermediários — os insumos industrializados usados no setor produtivo (0,8%). Os bens de capital, ou seja, máquinas e equipamentos, caíram 9,2%, enquanto os bens de consumo duráveis recuaram 5,5%.
