Governo deverá investir R$ 30 bi, em 6 anos, para ampliar malha ferroviária

Informação foi dada pelo ministro da Infraestrutura durante o 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde. Investimentos serão feitos por meio de concessões

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, informou que estão previstos investimentos de R$ 30 bilhões, por meio de concessões, para expandir a malha ferroviária do País nos próximos 5 ou 6 anos. A informação foi dada durante o 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde, realizado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica (RJ).

No ano passado, foi assinado o primeiro contrato de concessão, que engloba a Ferrovia Norte-Sul, no trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP). Para 2020, a previsão é de que sejam realizadas as concessões da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que vai do litoral da Bahia até Tocantins, e a Ferrogrão, que liga os estados de Mato Grosso e do Pará.

A expectativa do Governo Federal é mudar a legislação com o intuito de viabilizar o regime de autorização. Neste modelo o investidor tem mais liberdade em comparação ao regime de concessão, já que ele pode realizar atividades, predominantemente, de seu interesse. Atualmente, o setor portuário já utiliza este regime.

Conforme um estudo da Fundação Dom Cabral, divulgado em 2018, as ferrovias são utilizadas para o escoamento de apenas 5,4% da produção do País, enquanto a malha rodoviária responde por 75%.
A greve dos caminhoneiros que aconteceu em 2018 mostrou a dependência nacional com relação ao transporte rodoviário e causou discussões sobre a demanda por uma malha ferroviária de maior extensão.

De acordo com Tarcísio, o Ministério da Infraestrutura tem conversado com todos os setores em busca de melhorias coletivas no transporte do País, inclusive com o rodoviário. Ele disse que tem considerado demandas dos caminhoneiros relacionadas aos projetos de concessões de novas rodovias como a Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro à São Paulo.

Fonte: aecweb