Construção civil persegue retomada
Presidente da Habicamp lembra que a previsão do setor na RMC para 2018 é de crescimento de 2% na comparação com 2017, e retomada de novas obras.
A construção civil na Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou 334 postos de trabalho no primeiro bimestre de 2018. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
No acumulado de janeiro e fevereiro deste ano foram admitidos 3.433 trabalhadores com carteira assinada e demitidos 3.767, porém, os números mostram que o setor continua o processo de retomada verificado no final do ano passado, quando encerrou o ano com 24.086 contratações e 25.315 demissões, um saldo negativo de 1.229 vagas fechadas.
No acumulado de janeiro e fevereiro, dos 20 municípios que formam da RMC, dez encerraram o período com saldo positivo. Campinas teve o melhor saldo, com 109 vagas criadas, seguida por Monte Mor com 66 e Jaguariúna com 31. Em Engenheiro Coelho o saldo foi de zero, enquanto Morungaba não teve registro de movimentação. Por outro lado, sete municípios encerraram o bimestre no vermelho. Sumaré lidera com 206 vagas fechadas, seguida por Americana com 102, Paulínia com 95 e Indaiatuba com 81.
Em nove municípios houve mais demissões que admissões, seis tiveram saldo positivo e três com saldo zero (Engenheiro Coelho, Jaguariúna e Santo Antônio de Posse). Para o presidente da Associação Regional da Construção de Campinas e Região (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho, o que se constata nos números do Caged é que ocorre um movimento de retomada do setor, verificado já no final de 2017, continua de pequena alta, mas constante.
“Ainda está muito distante do que o setor deseja, mas este ritmo de crescimento deve se manter ao longo deste ano e até melhorar ainda no final deste primeiro semestre, quando serão iniciadas as obras do empreendimentos que já estão sendo lançados nas cidades da região”, explica.
Oliveira Lima lembra que a previsão do setor da construção na RMC para 2018 é de um crescimento de 2% na comparação com 2017, com retomada de lançamentos e início de novas obras habitacionais e industriais, uma vez que vários empreendimentos lançados no segundo semestre de 2017 começam a sair do chão ao longo do primeiro semestre de 2018.
Outros três pontos destacados pelo presidente da Habicamp é a reforma trabalhista, cujos efeitos no tocante à contratação começarão a ser sentidos neste ano, o aumento de recursos da Caixa Econômica Federal (CEF) para financiamento de imóveis, com um adicional de R$ 15 bilhões em todo o Brasil, e a queda das taxas de juros para financiamentos imobiliários. Isso tudo traz melhores expectativas para o setor imobiliário.
O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), demonstra expectativa positiva do setor ao registrar avanço de 0,7 ponto de fevereiro para março e chegou a 82,1 pontos . O primeiro trimestre deste ano fechou com altas de 2,9 pontos sobre o trimestre anterior e de 7,2 pontos sobre o primeiro trimestre de 2017.
Fonte: Grandes Construções