Fortaleza gera 82 mil empregos e se firma como líder da carteira assinada no Nordeste desde 2021
Capital cearense lidera ranking da carteira assinada desde 2021. No ano em curso, considerando os quatro primeiros meses, a cidade também registra o melhor resultado
Consolidada como a maior economia do Nordeste, sendo detentora deste título por três anos consecutivos, Fortaleza também vem se firmando como principal celeiro de empregos da região.
Após ter se sagrado campeã nordestina da geração de vagas formais em 2021 e 2022, a cidade está mantendo a liderança também em 2023.
Considerando o acumulado dos dois anos passados e dos quatro primeiros meses deste ano, Fortaleza soma 82,6 mil empregos criados com carteira assinada, uma vantagem de mais de 8 mil vagas em relação a Salvador, que detém a segunda colocação; e 22 mil sobre Recife, a terceira colocada (veja ranking abaixo).
1º) FORTALEZA
– 2023 (1º quadri): 7.387
– 2022: 38.182
– 2021: 37.034
– Total: 82.603 empregos
2º) SALVADOR
– 2023 (1º quadri): 6.949
– 2022: 34.382
– 2021: 32.855
– Total: 74.186 empregos
3º) RECIFE
– 2023 (1º quadri): 4.531
– 2022: 26.619
– 2021: 29.539
– Total: 60.689 empregos
Considerando apenas o primeiro quadrimestre deste ano, foram criados, na capital cearense, 7,3 mil empregos. O montante resulta da diferença entre 104,4 mil contratações e 97 mil demissões registradas no período. Estes são os dados mais atualizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, principal indicador do País sobre criação de vagas.
Salvador aparece na segunda posição, com saldo positivo de 6,9 mil empregos; e Recife, na terceira (4,5 mil).
RECORDE EM ABRIL
O mês de abril foi o melhor da história para Fortaleza, com 3,5 mil novas posições de carteira assinada, o que representa quase 80% de toda a geração do Ceará no período.
Os números do primeiro quadrimestre deste ano reforçam a posição conquistada no ciclo anterior. Em 2022, somadas, as empresas e demais entidades situadas na cidade abriram 38 mil empregos (resultantes de 303 mil admissões e 265 mil demissões).
Na segunda colocação, Salvador havia gerado 34 mil postos formais. Em terceiro, Recife acumulara pouco mais de 26 mil novas oportunidades ao longo do ano passado.
Convém destacar que, na disputa com a capital baiana, Fortaleza tomou a dianteira mesmo sendo menos populosa.
MAIOR ECONOMIA DA REGIÃO
A abertura de oportunidades no mercado de trabalho fortalezense está intrinsecamente ligada ao boom econômico que levou elevou o PIB (Produto Interno Bruto) da cidade ao número 1 do pódio nordestino nos últimos anos. Comércio, serviços e turismo são as vocações de maior musculatura, mas o crescimento econômico é espalhado em diversos segmentos.
A expansão ocorre na esteira dos investimentos privados, que não param de chegar. No varejo, por exemplo, algumas das maiores marcas do planeta, em setores variados como o de moda e alimentação, vêm se instalando em Fortaleza ao longo dos últimos anos, em busca de fatias deste mercado aquecido.
Ademais, grandes players do setor de investimentos aterrissaram na Capital com escritórios locais, de olho no fortalecimento das empresas da região e também de investidores individuais. Consultorias e auditorias globais fazem o mesmo movimento.
No que compete à gestão pública do Município, segundo Rodrigo Nogueira, secretário do desenvolvimento de Fortaleza, o foco tem sido a desburocratização, a capacitação profissional e a criação de uma ambiência para atrair negócios e dinamizar a economia local.
“É apostando no pequeno empreendedor e na força de trabalho do fortalezense que Fortaleza vem se destacando, sendo considerada hoje a capital do emprego no Brasil”, diz.