Sustentabilidade na construção civil: entenda a importância e como aplicar

A sustentabilidade na construção civil é um tema cada vez mais indispensável em qualquer empresa do ramo. A grande quantidade de resíduos e entulhos gerados nos canteiros de obras, além das nocivas atividades de extração de matéria-prima e o elevado uso de energia elétrica trazem problemas para o meio ambiente. 

Por isso, o desafio está na minimização dos impactos provocados pelas construções. A seguir, descubra o verdadeiro papel da sustentabilidade no setor e conheça as vantagens e as principais práticas que você deve adotar frente aos desafios ecológicos do ramo!

A Importância da sustentabilidade na construção civil

Ser sustentável é garantir que antes, durante e após as construções, sejam feitas ações que reduzam os problemas ambientais, potencializem a viabilidade econômica e proporcionem uma boa qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.

Fazer com que os insumos sejam reutilizados, definir alternativas para a exploração dos recursos naturais e encontrar novas formas de gerar e economizar energia são atitudes que diminuem os impactos da construção civil no ecossistema.

Hoje há uma maior preocupação com esta questão em todos os setores da sociedade, e no ramo da engenharia não é diferente. Além da questão ética e ecológica, a conservação da natureza também se torna uma demanda por parte dos clientes finais.

A área consome muitos bens naturais e gera quantidades exorbitantes de resíduos. Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), quase 75% dos recursos do meio ambiente são extraídos pelas indústrias da construção. Além disso, os canteiros geram cerca de 80 toneladas de detritos anualmente.

Vantagens da sustentabilidade na construção civil

Abrangendo o consumo consciente de matéria-prima, o reaproveitamento de resíduos e a minimização de desperdícios, o conceito de sustentabilidade na construção civil traz uma série de vantagens aos empreendedores. Entre os principais benefícios, nós destacamos:

Gera economia a longo prazo

O processo pode trazer mais economia para os projetos. Com a otimização de etapas no canteiro, há uma redução de gastos. Além disso, com contenção na geração de resíduos, uso mais inteligente dos insumos e maior controle produtivo, é possível diminuir os custos ao longo da obra.

Melhora a imagem da empresa

Adotar a sustentabilidade na construção civil gera um melhor argumento de vendas, uma vez que o conceito é cada vez mais valorizado no mundo contemporâneo. Assim, a organização consegue criar uma imagem mais positival com os compradores e com o mercado, mostrando que se importa com os impactos ambientais.

Além dessas vantagens, há os incentivos fiscais, que são cada vez mais comuns para as práticas ecológicas no segmento. As práticas sustentáveis também geram mais conforto aos proprietários, garantindo cuidados arquitetônicos que preservam a natureza relacionados ao controle térmico, de luz e demais fatores.

Cada vez mais comuns, eficientes e baratas, as tecnologias sustentáveis proporcionam uma grande influência positiva sobre o ecossistema. Além disso, elas atendem a exigências frequentes do nosso cotidiano, relacionadas aos cuidados com as pessoas, trazendo ainda maior apelo e conforto visual.

O incentivo fiscal à obras sustentáveis

Como citado acima, uma das vantagens de aderir essa estratégia são os incentivos fiscais por parte do governo brasileiro, tanto em âmbito federal, como estadual e municipal.

Assim, uma construção verde, que é uma edificação ecologicamente correta, poderá contar com alguns financiamentos e descontos em impostos fiscais.

Ao redor do mundo, principalmente em países desenvolvidos, há uma série de estímulos financeiros para esse tipo de obra. Um exemplo é a Alemanha, país que remunera os cidadãos que produzem um excedente de energia obtida por placas fotovoltaicas.

No Brasil os fomentos na área ajudam a reduzir a carga tributária. Um exemplo que existe em diversas cidades brasileiras é o IPTU Verde, desconto que é dado para projetos que implementarem sistemas ecoeficientes nas suas construções ou reformas.

Cada cidade que utiliza essa taxa determina o valor das reduções.

Os sistemas ecoeficientes que devem ser implementados também variam, mas alguns exemplos são:

  • Captação e reutilização de água;
  • Reciclagem e reuso de resíduos de materiais de construção;
  • Uso de placas solares para o aquecimento de água;
  • Uso de placas fotovoltaicas para geração de energia elétrica.

Vale destacar ainda que, em 2018, o Senado aprovou um Projeto de Lei (PLS 252/2014), elaborado em 2014, que visa oferecer incitações monetárias aos imóveis que adotarem práticas de redução de consumo de água e maior eficiência energética. Porém, a diretriz precisa passar ainda pela sanção da presidência.

Fonte: Mobuss Construção